segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Artigo sobre a importância da gestão de custos na Administração

Custos, sua importância na Administração PDF Imprimir E-mail
Escrito por Glauciano, Raimil, Roberto, Wenderson   
CUSTOS – SUA IMPORTÂNCIA NA ADMINISTRAÇÃO


GLAUCIANO LUCCA1
RAIMIL GALVÃO
ROBERTO TEMPONE
WENDERSON LOURENÇO FERREIRA

RESUMO: Neste artigo, visamos a estabelecer a relação da gestão dos Custos e sua importância na Administração, incluindo as informações sobre Contabilidade financeira, Custo Direto e Indireto, Custo Padrão, Custeio por absorção, Custeio variável e sua aplicação do sistema, que tem como objetivo apoiar a melhoria dos processos implantados nestes serviços e principalmente apoiar seu gerenciamento, visando à otimização de recursos e à elevação dos níveis de satisfação dos clientes, itens considerados fundamentais pelas organizações que optam por programas relacionados à gestão de Custos.

PALAVRAS CHAVE: CUSTO DIRETO E INDIRETO, CUSTEIO POR ABSORÇAO, CUSTEIO VARIÁVEL, CONTABILIDADE FINANCEIRA.

METODOLOGIA
Esse é um, trabalho de caráter exploratório que teve como fonte de pesquisas as seguintes bibliografias: Livros, internet e discurções em grupo.

INTRODUÇÃO
O mundo mudou bastante nos últimos anos. Nunca se falou tanto em Custos, como se fala hoje, é difícil encontrar um gestor de empresas que não saiba falar o que é Custos ou no mínimo como fazer para otimizá-los. Mas não basta só saber e dominar os seus conceitos é preciso praticá-los.
Vivemos atualmente em uma realidade completamente diferente de outras já experimentadas “A era da competitividade” nunca se falou tanto em mudanças. Mas além de conhecer o que esta mudando, é importante para o sucesso das empresas, observar e avaliar como elas afetam e o que podem se feito para se adequar a essa realidade que se altera constantemente.
Administração de Custos ajudam as empresas a obter um melhor desempenho em suas atividades, permite renovar e melhorar todas as estratégias de serviço, proporcionando o aumento de oportunidades de mercado fazendo com que a empresa se torne mais eficaz e organizada, melhorando e fortalecendo o comprometimento e satisfação dos funcionários e clientes, contribuindo assim para o desenvolvimento das atividades diárias de maneira mais eficaz.
A Contabilidade de Custos é o ramo das Ciências Contábeis que estuda os gastos ocorridos para aquisição de produtos ligados diretamente à atividade operacional da empresa. A Contabilidade de Custos auxilia o administrador, permitindo-o saber qual é o ponto de equilíbrio entre a produção e as vendas. E ajudando o administrador a sua tomada de decisão para de forma concreta e objetiva, definir suas metas de vendas, suas despesas e o resultado esperado ao fim do período.
De posse dos conhecimentos necessários, podemos utilizar a Contabilidade de Custos para decidir que tipo de custo ou custeio se aplicará à atividade da empresa.

Origem
No período caracterizado como Era Mercantilista, antes da Revolução Industrial, os artesões fabricavam seus produtos em suas residências e quando concluíam, os mesmos eram vendidos para as empresas que, por sua vez, revendiam para o consumidor.
Até então não existia a necessidade das empresas controlarem seus custos, uma vez que elas apenas compravam e revendiam mercadorias, dedicando-se ao comércio.
Segundo Johnson e Kaplan (1996, p.7) Praticamente todas as transações de troca ocorriam entre um empresário proprietário e indivíduos que não faziam parte da organização, fornecedores de matéria primas, mão-de-obra paga por tarefa, e clientes. Não existiam níveis de gerências ou empregados assalariados por longos prazos. As transações se davam no mercado, e indicadores de sucesso eram facilmente obtidos. O empresário-proprietário tinha de arrecadar mais dinheiro das vendas aos clientes do que pagava aos funcionários dos insumos de produção, primariamente mão-de-obra e matéria-prima.
Com a ocorrência da Revolução industrial, as empresas industriais começaram a se desenvolver e fabricar seu próprio produto, foi então que veio a necessidade de controlar os custos dos produtos, pois era preciso iniciar um processo de registro das atividades industriais que surgiam, avaliar estoque e apurar resultados, como se pode constatar:
O surgimento da Contabilidade de Custos pode ser creditado a eclosão da Revolução Industrial, quando as atividades econômicas, até então eminentemente mercantis registradas exclusivamente pela contabilidade financeira, passaram a sofisticar-se com a introdução de um novo elemento: a produção. Wayerbache, (1992, p.39).
Inicia-se assim, a Contabilidade Financeira, na qual para a apuração do resultado bem como para a elaboração do balanço, era suficiente o levantamento dos estoques em termos físicos, uma vez que verificava o montante pago por cada item no estoque e, dessa forma, apropriava o valor á mercadoria. Basicamente usava-se um cálculo simples, pois se considerava o quanto possuía de estoques iniciais, adicionando-se as compras do período e comparando com o que ainda restava nos estoques e, dessa forma, chegava-se ao valor de aquisição das mercadorias vendidas. Comparando esse montante com as receitas obtidas nas vendas das mercadorias, chegava-se então ao lucro bruto. Martins (1996, p.19).
A Contabilidade Financeira tradicional, até então existente, teve que se adaptar á nova realidade econômica, devido ao surgimento das máquinas e conseqüentemente produções por escala, visto que as empresas não mais se dedicavam somente ao comércio, mas também a possuir complexas, e assim passavam pelo processo de: comprar, transformar e com isto vender.
As décadas seguintes, porém, foram marcadas por grandes expansões das linhas de produtos mudanças de tecnologias de produção, diminuição dos ciclos de vida dos produtos e, principalmente por modificações na competição global e nos grandes avanços da tecnologia de informação. Ainda assim, as empresas continuaram a se fixar nos sistemas de custos e métodos de informações gerenciais dos anos 20.
Mesmo com a automação dos sistemas de custos, através do avanço da informática, as empresas apenas se limitaram a automatizar os sistemas já existentes. Pouco se questionou a eficiência desses sistemas frente á enorme expansão da tecnologia de informação.
A obsolescência dos sistemas contemporânea de contabilidade acabou se refletindo em grandes problemas para os administradores das grandes organizações diversificadas.
Entre diversos objetivos da contabilidade de custos, é possível destacar: Segundo Leone (197, p.18).
• A determinação dos custos por produtos, por processos, por tarefas, por unidades ou por departamento;
• O controle dos gastos relacionados com a produção, distribuição e administração;
• As bases para a estimativa do custo de um produto e para a fixação de um preço lucrativo;
• A permissão da administração em baixa sua política operacional sobre as informações fornecidas pela área de custos.
Com base nos objetivos mencionados acima, percebe-se que a contabilidade de custos tem como finalidade fornecer informações a respeito dos produtos, de tal forma que possa auxiliar a administração da empresa nas tomadas de decisões.

1.1 MÉTODO DE CUSTEIO
É através do método de custeio que será definido quais gastos devem fazer parte da apuração do custo dos produtos, ou seja, quais custos serão apropriados aos produtos elaborados, para avaliação no estoque.
Segundo CRC/SP (1992, p.53). Métodos de custeio: “São alternativa (meios) de que dispõe a contabilidade de custos para valorização dos estoques e determinação dos custos dos produtos vendidos.”.
O método de custeio tem a finalidade de determinar o custo unitário dos produtos, um item muito importante para administração, pois como relata Padoveze, (2000, p.04) "custos unitário são necessários para demonstrativos financeiros, para determinar o lucro liquido periódico, para assistir a gerência no planejamento e controle das operações, e numa larga faixa de situações tomada de decisão."
Assim, o método de custeio a ser adotado dependerá da visão conceitual que a empresa tem sobre qual é o método ideal, pois há muitas opiniões contrárias a utilização dos dois métodos existentes. A doação do método, também dependerá das necessidades de informações dos gestores, pois os métodos a serem adotados geram informações diferentes.
"Na verdade, um sistema de custo não tem fim em si mesmo, ele tem o objetivo de gerar informações contábeis, quais só têm validade se puderem ser utilizadas para o gerenciamento e para auxílio á tomada de decisão." Padoveze (2000, p.12).
Desta forma, a definição de quais custos irá fazer parte dos custos dos produtos ou serviços, estão ligados aos custos diretos, os quais são geralmente variáveis, e aos custos indiretos, os quais são geralmente variáveis, e aos custos indiretos, os quais são geralmente fixos dentro de um volume de produção. Assim, os dois custos métodos de custeio são: métodos de custeio por absorção e o método de custeio direto ou variável.

1.2 CUSTO DIRETO
Os custos diretos são aqueles que podem ser facilmente identificados com o produto em seu processo produtivo, pois são fáceis e diretamente apropriáveis ao mesmo em sua fase final. Estes custos não necessitam de rateio por serem fácil reconhecimento, como é o caso da matéria-prima, mão-de-obra direta, material de embalagem, entre outros.
De acordo com Crepaldi (1998, p.59) Custos diretos “São os que podem ser diretamente (sem rateio) apropriados aos produtos bastando existir uma medida de consumo (quilos, hora de mão-de-obra ou de máquina)”. Em geral, identificam-se com os produtos e variam proporcionalmente á quantidade produzida.
1.3 CUSTO INDIRETO
Os custos indiretos, por sua vez, são aqueles incorridos dentro do processo produtivo, mas que necessitam ser rateados aos produtos por não serem facilmente identificados com os objetos de custeio.
Rateio consiste na utilização de um critério de distribuição ou alocação dos custos indiretos aos produtos em fabricação.
Os custos indiretos não são possíveis de serem vistos com objetividade e segurança a quais produtos se referem, como é o caso do aluguel, da energia elétrica da fábrica, do salário do supervisor, da depreciação, dos gastos com limpeza da fábrica, etc.
Crepaldi (1998, p. 59) diz que os custos indiretos de fabricação “são os que para serem incorporados aos produtos, necessitam de utilização de algum critério de rateio". A importância do critério está convencionando a manutenção ou uniformidade em sua aplicação, se houver mudança no critério utilizado, o valor do custo de produção será alterado, o que irá ocasionar uma conseqüente influência no resultado da empresa.
1.4 CUSTO FIXO
Os custos fixos são aqueles gastos que a empresa possui independente do volume que for produzido ou vendido. Nesse caso, tem seu montante fixado, sendo considerado como aqueles gastos absolutamente necessários para o bom funcionamento da entidade, como por exemplo, o aluguel do prédio em que a empresa encontra-se instalada e precisa realizar em qualquer hipótese por todos os meses.
Cabe aqui comentar que, embora o custo fixo não se altera em relação ao nível de produtividade, quanto maior for o volume produzido, menor será o custo fixo por unidade produzida. Com relação a essa questão, Crepaldi (1998, p.60).
Custos fixos são fixos em relação ao volume de produção, mas podem variar de valor no decorrer do tempo. O aluguel da fábrica, mesmo quando sofre reajuste em determinado mês, não deixa de ser considerado como custo fixo, uma vez que terá o mesmo valor, qualquer que seja a produção do mês. Outros exemplos: como impostos prediais, salários de vigias e porteiros etc.
1.5 CUSTO VARIÁVEL
Os custos variáveis são aqueles que variam proporcionalmente ao volume produzido e aumentam na medida em que aumenta a produção, portanto se não houver produção seu valor será zero. Como por exemplo, é o caso da matéria-prima, que irá variar conforme a quantidade de produtos que forem produzidos.
Segundo Leone (1997, p.53). "Preferimos, portanto, definir "custos variáveis” como aquele que varia com o volume de qualquer atividade que tenha sido escolhida como referência.”.
1.6 CUSTEIO POR ABSORÇÃO
Se a empresa adotar o custeio por absorção o sistema de acumulação de custo coletara todos os gastos relacionados à indústria, diretos ou indiretos, fixos ou variáveis, para determinação dos custos dos produtos, necessitado de critérios de rateio para alocação dos custos indiretos.
"No custeio por absorção, chamado também de custeio convencional, todos os custos indiretos de produção, tanto os variáveis quanto os fixos, são considerados como custos do produto." Cashin e Polimeni (1983, p.606).
1.7 DEFINIÇÃO DE CUSTEIO POR ABSORÇÃO
O custeio por absorção tem um aspecto importante. Ele está de acordo com os Princípios de Contabilidade, e principalmente o Princípio de Custo Histórico Base de Valor, pois o custeio absorção agrega para valorização do estoque dos produtos todos os custos necessários para colocá-lo em condições de gerar receita.
As vantagens do custeio de absorção são segundo Padoveze (2000, p.13):
• É aceito em relatório externo, pela Legislação do Imposto de Renda para propósito de lucro e para determinação do imposto e estão de acordo os princípios contábeis geralmente aceitos:
• Pode ser menos custoso de implementar, pois não requer a separação dos custos em fixos e variáveis, e alguns custos não são de fácil classificação;
• Reconhece a importância dos custos fixos de manufatura, para colocar o produto ou serviço em condições de gerar receita.
Já as desvantagens do custeio por absorção são ainda segundo Padoveze (2000, p.13):
• Não requer a identificação dos custos de manufatura em componentes fixos e variáveis, e em conseqüências não apresenta a margem de contribuição, muito para tomada de decisões gerenciais.
• Tratam os custos fixos como custos unitários, o que pode levar a erros, pois por se tratar de valores totais divididos pelo volume de produção, terá valores unitários diferentes se houver aumento ou diminuição no volume de produção.
• Se ocorrer mudanças de inventário haverá aumento ou diminuição no lucro.

1.8 CUSTEIO DIRETO OU VARIÁVEL
Se a empresa adota o método de custeio variável, o sistema de acumulação de custos só coletará os custos relacionados diretamente ao produto, para fazerem parte do custo dos produtos, e conseqüentemente para valorização do estoque.
Assim, o custeio variável foi desenvolvido para permitir a utilização mais efetiva dos dados sobre custos na tomada de decisão, pois neste custeio, apenas os custos variáveis, ou seja, aqueles ligados de forma objetiva aos produtos, são considerados no custo final, para não haver problemas de arbitrariedade, como no custeio por absorção, que aloca os custos indiretos através de critérios de rateio por absorção e assim, gerar informações confiáveis para a tomada de decisão.
"No custeio direto, apenas a matéria-prima, a mão-de-obra direta e o custo indireto de fabricação variável são considerados custos do produto, visto que o custo indireto de fabricação fixo é tratado como custo do período. Isto evita ter que levar em cota o volume de produção e o problema a relacionado, de rateio." Li (1982, p.121).
Assim, o custeio direto é mais favorável ao planejamento, controle e decisão, pois no custeio direto o lucro se move na mesma direção que o volume de vendas, e facilita a compreensão dos demonstrativos operacionais, por fornecer informações rápidas sobre cálculo de custo, volume, lucro, para avaliação do desempenho.
"O critério do custo variável é muito útil para intervir no processo de planejamento e de tomada de decisão, até porque uma de suas potencialidades está centrada na análise da variabilidade das despesas e dos custos." Leone (1997, p.322).
As vantagens do Custeio Variável são segundo Cashin e Polimen (1983, p.610).

Planejamento de operação: o plano de orçamentário engloba todos os aspectos de operações futuras designados para alcançar um objetivo estabelecido de lucro, pois o custeio direto facilita a união dos dados.
Custo-volume-lucro ou análise do equilíbrio: facilita no cálculo usado para determinar o ponto de equilíbrio depois que a margem de contribuição e os custos fixos forem conhecidos.
Decisões gerenciais: por fornecer a separação adequada entre os custos fixos e variáveis, o que facilita os estudos das previsões de custos, margens de contribuição, análise do volume flexível e muitas outras relações.
Determinação do preço do produto: por ter informações sobre os custos variáveis dos produtos, facilita na determinação do preço.
Controle gerencial: os relatórios baseados no custeio direto são mais eficientes para o controle gerencial, e podem ser relacionados mais diretamente ao objetivo de lucro.
Já as desvantagens do custeio direto são segundo Cashin e Polimen (1983, p.11):
Relatórios externo: há problemas quanto a aceitação do custeio direto em relatórios externos, pois não esta de acordo com os Princípios de Contabilidade.
Separação entre custos variáveis é não-variáveis: muitos acreditam que na prática os custos diretos não são obtidos com toda confiança.
1.10 CUSTOS PADRÃO
Segundo Perez Jr (1997, p.50) "Controle significa tomar conhecimento de determinada realidade, compará-la com o que deveria ser em termos ideais, identificar oportunamente os desvios e adotar providência no sentido de corrigir esses desvios.”.
O custo padrão foi criado por engenheiros industriais para redução de custos, mas foi adaptado pela Contabilidade de Custos com a finalidade de fornecer informações para o controle, e se tornou uma das melhores armas usadas no controle dos custos e na avaliação de produtividade.
1.10 DEFINIÇÃO DE CUSTO PADRÃO
Assim, o custo padrão é uma fixação dos custos que deveriam incorrer e servem de base para comparação com os custos que realmente incorreram.
Segundo Leone (1997, p.281) È uma previsão ou predeterminação do que os custos reais devem ser dentro de condições projetadas, servindo como base para o controle de custos e como uma medida da eficiência de produção (padrão de comparação), quando colocada diante desses custos reais. Ele fornece uma oportunidade para que os resultados correntes sejam analisados e as responsabilidades pelos desvios possam ser apontados.
Existem várias formas de empregar o termo custo padrão, uma delas está no custo ideal, o qual é fixado com base em condições ideais de qualidade de materiais, produção no máximo da capacidade da empresa, eficiência de mão-de-obra e equipamento etc.
Representa o custo de um produto que acontece sem qualquer desperdício, ociosidade, em condições ideais de produção, com os melhores equipamentos e melhores recursos humanos. Tomando como meta é muito provável que nunca vá acontecer dada as imperfeições ambientais, empresariais e de mercado. Padoveze (1997, p.265).
Assim, o custo ideal é um objetivo em longo prazo, mas muito pouco utilizado, pois serviria apenas para comparar a evolução dos períodos, já que o custo ideal dificilmente será alcançado por não considerar falhas que normalmente ocorrem no processo produtivo, como oscilação da produtividade durante o período, falta de matéria-prima ou perdas de materiais maiores que o planejamento etc.
Uma outra forma de emprego do termo custo padrão é o custo padrão corrente. Este considera a ineficiência que a empresa tenta eliminar. Assim, o custo padrão corrente está mais próximo da realidade, pois é feito através de estudos do que ocorre no dia-a-dia da empresa e a meta fixa pode ser alcançada em curto ou médio prazo.
"O corrente leva em conta os fatores de produção que a empresa realmente tem a sua disposição, como máquinas que possui mão-de-obra na qualidade que detém ou pode recrutar no período etc." Martins (19983, p.333).
Há também o custo padrão estimado. Este custo é o que a empresa normalmente irá obter, pois ele é elaborado a partir da média dos dados sobre os custos, incorrido nos últimos períodos, acrescidos de algumas mudanças esperadas, sem necessidades de quaisquer estudos teóricos ou práticos.
“... a Estimada parte da hipótese de que a média do passado é um número válido e apenas introduz algumas modificações esperadas, tais como volume da atividade, mudança de equipamento etc." Martins (1998, p.333).
O custo padrão estimado provavelmente não apontará os erros, pois ele é calculado com base nos fatos ocorridos nos períodos passados, e se o erro já vem ocorrendo em períodos anteriores, nos próximos períodos poderá também ocorrer sem que seja notado, por ser utilizado para comparação os resultados já com os erros ou ineficiências.
Assim, como o custo padrão é utilizado para o controle, a melhor forma para se empregar é o corrente, já que este é feito através de estudos teóricos e práticos da empresa, e quando comparado com a realidade da empresa, apontará os problemas e ineficiência do processo produtivo.
A principal finalidade do custo padrão é o controle. Assim, esse só terá utilidade se a empresa tiver um sistema de custo baseado em custos reais, para que haja condições de comparar o real com o padrão, pois isto dará condições para empresa encontrar e analisar as causas das distorções ocorridas e corrigi-las.
Seu grande objetivo, portanto é o de fixar uma base de comparação entre o que ocorreu de custo é o que deveria ter ocorrido. E isso nos leva á conclusão de que Custo-padrão não é uma outra forma de contabilização de custos (como absorção e variável), mas sim uma técnica auxiliar. Não é uma alternativa, mas sim um coadjuvante. A instalação do Custo-padrão não significa a eliminação de Custo a Valores Reais incorridos (Custo Real); pelo contrário só se torna eficaz na medida em que exista um Custo Real, para se extrair, da comparação de ambos, as divergências existentes. Martins (1998, p.334).
Desta forma, o objetivo do custo padrão é determinar o custo que deveria incorrer, possibilitando o comprometimento dos envolvidos em cumprir a metas estabelecidas e dar condições de medir a eficácia operacional da empresa.
Para utilizar o custo padrão não é necessário que a empresa faça sua introdução na contabilização dos custos. Assim, quando a empresa opta em introduzir padrão na contabilização, está dispões de varias formas de contabilização do custo-padrão. Segundo Martins (1998, p.366) A forma de contabilização de custos-padrão seria:
• Todos os Custos quer Diretos quer Indiretos, Fixos ou Variáveis, seriam debitados á conta de produção por seus valores Reais;
• Á medida que a produção fosse sendo transferida aos estoques (ou entregue, na Produção por Encomenda), seria baixada dessa conta por seu valor-padrão. O mesmo para os Produtos em elaboração no final do período;
• Sobraria na conta de Produção sempre um saldo, devedor ou credor relativo á soma das variações, já que de um lado entraram valores Reais e de outro saiu produção pelo valor-padrão. Análise seria feita fora dos registros contábeis, bem como seria, no final de cada período, ajustado esse saldo representativo da soma de todas as variações;
• A conta de Produtos Acabados receberia, durante o período, os produtos feitos a débito e os vendidos a crédito, sempre pelo Padrão, ficando os estoques assim avaliados no período.
Assim, esta forma de contabilização facilita a utilização do custo-padrão e adaptação dos valores contabilizados como padrão para os valores reais, uma vez que, o custo-padrão não atende as exigências legais e fiscais.
Com base em Martins (1998, p.335) as vantagens de se utilizar o custo padrão são:
• Ter uma base de comparação entre o que ocorreu de custo e o que deveria ter ocorrido;
• Agilidade na elaboração de relatórios mensais;
• Quando considerar metas difíceis, mas não impossíveis, pode causar um efeito psicológico positivo, por funcionar como alvo de desafio para pessoal envolvido;
• Criar uma obrigação de registro e controle não só dos valores em reais de custos, mas também das quantidades físicas de fatores de produção utilizados;
• Dar condições de detectar a divergências e eliminá-las.
• Implicar em mais trabalho por parte da empresa, devido á comparação entre padrão e real, á análise das variações ocorridas e o desencadeamento do processo de correção;
• Se fixado com base em conceito ideal, poderá causar um espírito psicológico desfavorável, uma vez que os envolvidos saberão de antemão que o valor é inatingível.
O custo-padrão deve ser fixado em quantidade física e valores monetários, de acordo com a natureza de cada item de custo e através da determinação dos responsáveis, assim como, relata CRC/SP (1992, p.119)
• Os padrões físicos (quantidade de materiais, hora de mão-de-obra, consumo de energia etc.) são de responsabilidade da área industriais (desenvolvimento de produtos e processo, produção, planejamento e controle).
• Os padrões monetários são atribuições de área administrativas e financeiras (controladorias, compras, departamento de pessoal etc.).
Como o custo padrão é uma forma de controle, não há necessidade de ser fixado em toda empresa, podendo ser estabelecido o padrão se um produto ou de um departamento da empresa de acordo com suas necessidades, e fixado de forma gradual.

CONCLUSÃO
Com base nos estudos efetuados a respeito da contabilidade de custos, pode-se verificar a grande importância que a mesma possui dentro da organização.
O homem começou a desenvolver seu instinto de posse há muito tempo, com esse instinto despertou a necessidade de saber quantos bens possuía encontrado assim uma forma de controlar o que lhe pertencia. No período anterior a Revolução industrial não existia controles eficientes dos custos, mas com o passar dos anos o homem sentiu que seria preciso aprimorar e intensificar tais controles que facilitariam o processo produtivo, pois se verificou que essa contabilidade existente, não mais era suficiente para suprir suas necessidades, foi então que surgiu a contabilidade de custo com enfoque gerencial.
A contabilidade de custo tem como objetivo fornecer dados e informações para que a entidade analise o andamento das suas atividades, podendo planejar as operações futuras servindo de apoio ao gerenciamento da empresa.
A finalidade principal deste trabalho foi apresentar alguns conceitos e noções aos usuários que desejam iniciar um estudo na área de custos, haja vista que para se desenvolver um trabalho na vida prática é imprescindível efetuar também um estudo com base teórica.
Na discussão, procurou-se demonstrar que a contabilidade de custos com aspecto gerencial cresceu de forma gradativa com o passar dos anos e, atualmente, tem sido uma ferramenta de apoio à empresa em sua gestão de negócios.
Devido a grande exigência da competitividade no mercado atual, as empresas tendem a diminuir seus custos, para tanto é possível reconhecer que esse ramo da contabilidade é conhecido como um instrumento indispensável aos administradores das empresas em seu processo decisório.
Atualmente, a competitividade de mercado sugere ao empresário a busca da melhor lucratividade, uma vez que o mercado consumidor exige produtos de qualidade com preços cada vez menores. Desta forma, as empresas acabam sendo convencionadas a acatar tais exigências, para enfrentar tal situação, o controle e gerenciamento dos custos de seus produtos estão sendo os recursos mais utilizados.
A partir desse momento, as empresas acabam dando maior importância para as informações relacionadas á contabilidade de custos, sendo possível reconhecerem através dessas informações se os produtos estão proporcionados retorno esperado, se é viável, ou não a sua fabricação.
Foi dessa forma que esse ramo da contabilidade passou a fornecer uma grande fonte de informações sobre os gastos dos produtos e, como tal, reconhecida como uma importante ferramenta dentro das organizações.
No decorrer do trabalho também foram apresentadas algumas terminologias deste ramo de atividade, necessária para as pessoas que desejam iniciar um trabalho na área de custos possam observar a diferença básica existente entre os diversos conceitos apresentados. Uma vez que os mesmos poderão contribuir de maneira satisfação para a boa comunicação entre os diversos usuários deste setor.
Destaca-se o fato de que para se tomar decisões é preciso estar munido de informações corretas e oportunas, justificando a importância dada aos diversos assuntos apresentados, os quais são reconhecidos freqüentemente dentro das organizações onde a contabilidade de custos está inserida.
Hoje, um bom profissional da área contábil deve ter conhecimento sobre como é formado um sistema de custo, pois custo se tornou uma das peças chaves, para que as empresas continuem atuando no mercado.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
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LAWRENCE, Willian Beaty. Contabilidade de Custos, por W.B Laurence, revisto por Johon W. Ruswinckel; Trad. Do Prof. João Carlos Hopp e E. Jacy Monteiro. 4.º ed. São Paulo, IBASA; Brasília, INL, 1975.
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Fonte: site: http://www.pmkb.com.br/artigos

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